quarta-feira, outubro 24, 2007

Desventuras rodoviárias (em série)

Caí do finzinho da escadaria do metrô indo para o trabalho, logo depois de passar pela roleta com o guarda-chuva e a capa que, apesar de me fazer parecer o pintinho do Gugu me manteve bem aquecida quando peguei o tarifa para vir para o trabalho no começo da semana.

Só para variar eu caí em cima do pé. Direito dessa vez. Acho que, enrolada com a remoção do capa e o fechamento do guarda chuva, não percebi que a escada ainda não tinha acabado.

Um dos guardas do metrô me socorreu: ofereceu o braço para me ajudar a subir novamente as escadas, passou gelol no tornozelo e recomendou que eu botasse gelo assim que possível. Perguntou se eu queria que levasse para o hospital:

- E para onde vocês me levariam?
- Depende. Se você tiver plano de saúde, para um hospital bacana. Senão, para o matadouro.

Insisti e acabei descobrindo que o "matadouro" seria aquele hospital perto do Campo de Santana, o Souza Aguiar. Como hoje qualquer hospital nessa cidade submersa pela chuva vai estar atulhado de gente com coisas bem piores do que um pé torcido, disse que iria para o trabalho (ah se não fosse o último dia para a entrega do relatório da consultoria!) mesmo.

Aí ele puxa o interfone, consulta alguém e me puxa um formulário de ocorrências com clientes do Metrô-Rio, que malandramente, faz todo mundo que se acidenta por lá assina-lo declarando que recusou ajuda médica. Deixei o guarda acabando de preencher as vias do "BO" e foi, manquitolante, me aventurar no metrô.


Pensa que acabou? Ah meu bem, você ainda não viu nada!


Para economizar os passos, fiquei na ponta da composição, perto da porta. Só que, justamente aquele estava sem ar-condicionado.

Conclusão: Já fragilizada, comecei a enjoar, sentir-me tonta e com vista a nublar. Sem espaço hábil para negociar um lugar para pedir primeiros socorros para lipotímia, eu tentei sair na Central, sem êxito. Só consegui me cuspir para fora do vagão na Presidente Vargas!

(Por isso eu prefiro o trem. Lá sempre dá para abrir a janela e encontrar ar. Quando eu tive quase-desmaiei na época da facul fui rapidamente socorrida pela galera do Japeri!)

Sentei no chão, deixei passar umas duas composições, liguei para casa pedindo que avisassem no trabalho. Minha mãe sugeriu que pegasse um táxi, mas depois consegui sair do metrô e eu vi o volume de água alagando o centro do Rio de Janeiro eu quase comemorei por ter decidido seguir a sugestão do guarda na estação Presidente Vargas de mancar até o vagão feminino e continuar a viagem de metrô mesmo!

Depois de chegar totalmente encharcada no trabalho e botar gelo no pé torcido liguei novamente para casa e nada. Momentos depois minha irmã liga do celular dela para mim: lá em casa estava sem luz (agora já voltou).

Ô diazinho. Tô com medo dele agora. Vou acabar esse relatório de uma vez, assinar, desova-lo na mesa da chefia (torcendo para eles assinarem logo, nenhum deles chegou ainda) e me mandar para casa. Espero ficar segura (e seca) debaixo das cobertas!

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