sexta-feira, outubro 05, 2007

AIDS II: Transmissão vertical = Terrorismo

E aqui vai a continuação que eu não sei se é mesmo uma continuação. Como eu disse antes, esse post é para (tentar) participar da campanha "RUMUAL É KISSA", criada pela Fabiane do Megalópolis. Provavelmente não vai servir, pois precisaria ser algo geral, acho que não funcionaria tão bem num município só, mas como foi a única coisa que eu pensei nos últimos tempos, lá vai:

Inspirada na estratégia de controle da AIDS africana (vide post anterior), acho que a solução seria algo como as vacinas sabe? Deixar essas gerações até aqui do jeito que estão, trabalhando essa estratégia de tratamento+campanha e tornar obrigatório para todas as gestantes o pré-natal com teste anti-HIV, afinal em cerca de 80% dos casos de tratamento adequado de mãe soropositiva a crianças nasce saudável. Essa taxa é bem melhor do que de muita outra intervenção por aí, e acho que a doença é suficientemente séria para ser um caso de segurança nacional. De que serve o país se sua população estiver toda doente, oras bolas?

Não tem sistema que agüente coquetel anti-retroviral (ou seja lá como se escreva isso) para a população toda, isso sem contar a demanda decorrente de todas as doenças oportunistas que vêm junto. Se a criatura não tem responsabilidade para ter um filho de forma que não atente contra a saúde coletiva, é melhor nem ter – tesoura para as suas trompas ou seus canais deferentes, dependendo do seu sexo. Que vá matar adultos!

Isso assusta, claro, afinal os filhos se têm na juventude (isso é verdade pelo menos para as mulheres) e parece um tanto cruel “castrar” alguém por isso, além de ter toda aquela questão de direitos humanos e talvez também as posições religiosas que provavelmente inviabilizariam tudo. Mas HOJE eu acho justo considerar como TERRORISTAS pessoas que permitem uma transmissão vertical de HIV tendo mais de 80% de sucesso na interrupção deste tipo de contágio.

Teríamos gerações futuras com taxas menores de contaminação. É uma solução a longo prazo talvez, mas tem que ser começada em algum momento certo? Não é justo uma criança que não tem nada a ver com a história ser contaminada pura e simplesmente, sem que nem se tente fazer com que ela não contraia o vírus.

Momento “Viagem na Maionese”: O grande problema é que teríamos que deixar essas crianças sadias em casulos bem na linha do Matrix, onde elas só interagissem com as gerações anteriores e aqueles que não tiveram boa reação ao tratamento via Second Life ou algo do gênero. Sexo então só com aquele simulador, do filme onde eles usam 3 conchas no lugar do papel higiênico!;-)
Mas um problema de cada vez. A proposta se resume, então a: Considerar TERRORISMO a transmissão vertical (i.é. de mãe para filho) do HIV, nos casos onde não se fez o pré natal com teste Anti-HIV.


PS: Acho que acabei fazendo um pouco de viagem na maionese né? Mas como já disse, não ficarei chateada se não for considerado válido para o RUMUAL É KISSA – afinal de contas é uma proposta bem difícil essa que a Fabiane fez!

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