"Pode não parecer, mas o brasileiro é muito rigoroso consigo mesmo. Exigimos de nós uma perfeição com a qual outros povos, menos críticos, nem sonham."
Não, eu não quero comentar sobre como o Pan deu certo ou deu errado. A minha grande surpresa com esse Pan foi a redução do tráfego que eu enfrentei no trajeto casa-trabalho-casa. O que me chamou a atenção mesmo foi a abertura do artigo do Ruy chamado Gelol no cotovelo (não me pergunte o motivo para esse título, não consegui entender. Talvez tenha a ver com dor de cotovelo, mas não fez muito sentido para mim)
Por que eu sou EXATAMENTE ASSIM.
Lembro de como estava me sentindo superculpada por não conseguir fazer com mais regularidade uma determinada verificação no trabalho. Fui um encontro com especialistas na área e uma das coisas que eu captei (nesses eventos nem sempre dá para aprender grandes coisas, é muita informação passada propositalmente da forma mais complexa possível. Nesse em particular, o minicurso era ministrado em inglês ainda por cima!) e ficaram gravadas na minha memória foi o especialista canadense dizendo que fazia uma determinada validação a cada dois anos!
Outra vez foi a minha orientadora da pós. Quando a gente estava num barzinho, comendo pizza, falando sobre Harry Potter, CSI e sobre as três versões da minha monografia ela me chamou de perfeccionista. Eu estranhei um bocado, afinal de contas.. Sei lá eu só queria fazer um trabalho que eu lesse e ele dissesse alguma coisa.
Quantos outros projetos a gente não deixa de realizar por achar que não alcançamos o que idealizamos? Nas fanfics por exemplo: Eu estou até hoje com um rascunho de fic para reabrir o Magic Past e até agora não consegui amarrar tudo de forma que eu considere aceitável.
Eu ainda não me acostumei com essa idéia de que fazer algo menos que perfeito pode ser bom. Mas estou tentando ficar mais tolerante com a minha própria humanidade e aceitar que é melhor um bom que existe do que um perfeito na cabeça. Quem sabe em breve eu não consigo até entregar os meus relatórios no prazo quando passar a exigir de mim mesma menos que a inatingível perfeição?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário