sábado, dezembro 01, 2007

Fwd: É isso aí

Dos arquivos da psico-história: Espero que vocês gostem, atentem para a data! :P

---------- Forwarded message ----------
From:
Date: 26/01/2006 17:08
Subject: É isso aí
To:

Eu escrevi essa historinha com base em uma música que a Ana Carolina canta com um homem (cuja voz me é familiar, mas eu não lembro quem é e estou com preguiça de procurar) chamada É isso aí. - aliás acho que não tem nada a ver com é isso ai, queria saber quem deu esse nome para a música, só pq quem escreveu não sabia o que botar para dar ritmo na música, será que é isso??? Oo
 
beijos,
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(VISÃO DA SAFIRA AMOY)

***~Parte feminina~***

É isso aí

Conseguira! Estava por sua conta dessa vez.

 

- Aventura, como as antigas Amoy. Nada mais de ficar sob a proteção de sua família influente que alguns anos atrás ligou-se a outro clã muito tradicional através do casamento de sua irmã mais velha com o menos polêmico dos filhos da família Horpais.

 

E foi com esse pensamento que a caçula das Amoy saiu de sua casa para o mundo, viajando de cidade em cidade em busca de liberdade e aventuras.

 

 

Como a gente achou que ia ser

A jovem egípcia olha encantada para a mais nova cidade que conhecia, tendo consigo somente sua habilidade e uma parca bagagem. Balançando os negros fios do cabelo comprido para despertar da empolgação causada pela arquitetura de da cidade de Dondra, ela decide:

 

A vida tão simples é boa

- Hora de procurar hospedagem!

E depois de muita pesquisa, encontrou um lugar mais afastado do centro que tinha preços bem razoáveis. Ajeitou as coisas o melhor que pôde no espaço compartilhado com várias pessoas e desabou no leito provido com uma simples colcha que apesar de ser de fibras cruas de algodão produzia um efeito maravilhoso no corpo cansado.

 

Não que fosse desprovida de recursos, mas queria ser responsável por si própria.  No dia seguinte iria ao encontro da companhia de dança atrás da qual viera. Queria viver de seu dom, não com a fortuna da família. Queria se sustentar com a dança.

 

O sono a surpreendeu em meio aos planejamentos e a conduziu aos domínios de Morfeu, alheia ao que estava para acontecer.

 

Quase sempre

Um alarme soa, acordando bruscamente os hóspedes da modesta pensão.

- Estão atacando a cidade! Diz a proprietária do estabelecimento, entrando bruscamente no quarto e surpreendendo várias moças observando atentamente pela janela o deslocamento de uma tropa que, na escuridão não dava para identificar se era amiga ou inimiga.

- Suas tolas, saiam daí, eles vão vê-las! Diz a senhora, arrastando duas delas pelos braços,

 

***

(VISÃO DO RAIN)

É isso aí

Depois de tanto tempo, ele estava enfim em uma missão, em meio aos soldados do grupamento de Sisdam. Era uma boa oportunidade para descobrir outros lugares sob uma ótica totalmente incomum. A pior na verdade, como pôde perceber mais tarde.

Um estrondo tira RAIN de suas divagações. Depois das bombas lançadas no ataque à Dondra era hora de fazer o reconhecimento da área, junto com a equipe dos batedores.

Os passos vão pelas ruas

Batedores... quem será que deu esse nome? Por que será que escolheram justamente essa, passa uma idéia de saqueadores, "batedores de carteira".

 

Marchando entre os escombros, eles avaliam o terrirório sem se dispersar. A população sobrevivente começava a se denunciar, como os diversos olhos em uma janela de uma casa à direita. Se eles tivessem sorte os outros batedores não os perceberiam.

 

Ninguém reparou na lua

Está razoavelmente claro, considerando que já era alta madrugada e todo o eventual sistema elétrico da cidade tinha sido destruído pelo ataque. Os homens uniformizados continuavam a marchar, procurando algo.

 

Uma casa adiante estava em ruínas, uma cama de dimensões infantis era avistada através de um rombo na parede que deveria separa-lo do quarto dos pais (tinha uma cama bem grande) que no momento fazia parte da rua.

 

***

A morena, acordada pelo barulho e confusão, levanta confusa vendo a estalajadeira arrastar as jovens da janela. Curiosa, ela levanta-se, ocupando o lugar da última jovem na janela, observando o estrago feito.

 

- Caiu bem perto da casa daquela família meio estranha que mudou há pouco tempo, como é o nome deles? Perguntou uma das moças, livre das mão fortes da senhora.

 

- Não sei, só conheço o garotinho. Entrou a pouco na escolinha, chamam ele de Ofirks. Falou a loura que tinha mesmo um jeitão de professora de jardim de infância.

 

- Tem uma família inteira naquele escombro? Eu não vou deixar eles lá! Diz a morena, pegando uma capa de dentro de sua bagagem que ficaria bem grande nela.

 

- O que você vai fazer?

 

- Vou ver se eu posso ajudar, é claro. E seguiu para a porta dos fundos da casa, jogando o tecido sobre si. Com sorte, a noite permitiria que ela fosse até a outra casa sem problemas.

 

***

A vida sempre continua

O pequeno Ofirks acorda assustado com o estrondo tão próximo. Com os olhos grudados de sono, abre a porta de seu quarto, equilibrada precariamente pelo batente e segue por onde fora um corredor e pára onde deveria estar a porta do quarto dos pais.

- Mama, papa o que foi esse barulhão todo?

 

***~***

Eu não sei parar de te olhar

O menino permanece estático no pórtico dos aposentos dos adultos por alguns momentos, aguardando autorização para entrar.

 

Eu não sei parar de te olhar

O chamado soldado Rain parou para observar a casa parcialmente destruída, magnetizado. Torcia para que pelo menos os habitantes dela tenham tido uma morte rápida, devia ser horrível acordar para descobrir que está morrendo.

***

 

Não vou parar de te olhar

A jovem Amoy caminha rapidamente pela rua em direção a um buraco largo que poderia ter sido o jardim ou quintal da casa. Olhando fixamente para o seu destino, ela se desloca o máximo que pode pelas sobras.

 

A medida que ela se aproxima ela começa a  perceber um pequeno vulto em pé se aproximando de onde a horas atrás provavelmente existia um quarto. A julgar pela altura, era o tal do Ofirks. O garoto por alguma razão parara.

 

- Não saia da minha vista para eu poder ajuda-lo, garoto. Murmurou ela para si mesma, como uma prece.

 

Eu não me canso de olhar

 - Vou entrar, hein? Diz o menino a guisa de desculpas e empurra o ar onde estaria a porta do quarto materno. A ausência da resistência que a madeira ofereceria fez ele estranhar.  Abriu definitivamente os olhos e encontrou o principal símbolo de proteção que conhecera totalmente destruído. Assustado, ele corre para a cama, que está com o estrado em contato direto com o chão, as pernas quebradas pelo peso do teto que agora cobria todo o quarto. As mãos pequeninas tentam tirar os escombros na área da cabeça de quem estivesse dormindo ali.

 

Não sei parar

Hei o que é aquilo? Rain apura o olhar e percebe um pequeno vulto se deslocando entre os escombros da casa. Muito baixinho para ser algo perigoso, então... era algo que corria perigo. Não havia outra opção possível no momento.

 

Então avista mais um vulto. Uma mulher jovem, se esgueirando pelas sombras. Ela para um momento e olha ao redor. Seus olhares se fixam por um momento, ela volta rapidamente para o seu objetivo, os olhos fixos na criança no interior da casa.

 

Queria ajudar, queria que aquelas pessoas ficassem invisíveis. Queria ir com ela e ajudar a tirar aquele inocente da área de risco. Mas se ele parasse de marchar como os outros poderia tornar a situação dos dois ainda pior.

 

De te olhar

Seria dela a face que havia visto a momentos atrás? De qualquer forma, a melhor coisa que poderia fazer para ajuda-los era afastar-se dali, junto com os demais, por mais que quisesse continuar acompanhando a aventura aquela jovem.

 

***~Parte Masculina~***

É isso aí

Ótimo, cheguei sem problemas. Agora, cadê os pais do garoto...

 

Há quem acredite em milagres

- Acorda eles moça! Pede o garoto, agarrado ao corpo dos pais. Por favor!

Safira engole em seco antes de encontrar uma justificativa razoável para fazer o garoto soltar os corpos dos pais e seguir com ela.

- Eles devem estar muito cansados.

Há quem cometa maldades

Isso é um absurdo! Atacar uma cidade justamente na área residencial, de madrugada! Imagina o volume de mortos feridos e órfãos! Revolta-se a estrangeira que havia trazido o garoto para a pensão e tentava manter fogo o que esquentava a água aceso.

Na verdade, a presença dele criou uma grande mobilização entre as quatro mulheres na pensão: Ofirks no momento estava sendo convencido pela professora a ser banhado, a outra jovem procurava alguma roupa que ele pudesse utilizar e a dona da pensão procurava na dispensa ervas para fazer um chá que permitisse o garoto esquece os problemas até que pelo menos a manhã chegasse. Com o sol seria possível descobrir o que o destino havia preparado para eles.

 

Há quem não saiba dizer a verdade

- Você disse que era uma área desabitada Sisdam! Diz o batedor Rain quando, com o dia já pelo meio, conseguiu encontrar o velho companheiro de escola

- Habitada, desabitada, que diferença faz Rain? São só uns miseráveis... O importante é que conseguimos os nossos objetivos e você viu exatamente o que queria, como funcionam essas ações.

- Não deveriam ter feito isso Sisdam e você sabe disso, não minta para mim que eu te conheço! E não vai ficar por isso mesmo, por que eu vou denunciar o que você fez nessa cidade assim que eu chegar à capital.

 

***~***

É isso aí

Graças a Deus de volta em casa. Longe daquele ambiente odioso que os antigos amigos escolheram como carreira. Era inacreditável que ele tivesse se enganado por tanto tempo sobre o caráter deles.

 

Um vendedor de flores

Seguiu para a casa que já fora uma floricultura, mas agora que os negócios da família prosperaram foi transformada em uma casa extremamente confortável para os proprietários e apelidado pelos vizinhos de casa das flores, pois parte dos antigos jardins comerciais foram mantidas.

Um empregado abriu-lhe a porta. Ele subiu as escadarias em passos que venciam dois degraus por vez em direção ao seu quarto para lá largar suas malas e seguir para onde sabia que encontraria os pais há essa hora.

 

Ensinar seus filhos a escolher seus amores

- Realmente meu filho, eu não sei o que você foi fazer naquele lugar. Disse a Sr. Rain, arrumando as últimas mudas de um carregamento.

- Mas eu sei. Estava fazendo exatamente o que eu sugeri: conhecer antes de idealizar. Devemos conhecer o trabalho que você escolhe para seguir por toda a sua vida, não simplesmente ir por que parece legal ou por que todos os seus amigos do colégio estão se preparando para aquilo.

 

- Você tem razão mãe. Disse, depositando um beijo na testa da Sra. Rain que encerrava uma parte burocrática da expedição das flores.

 

 

 

Eu não sei parar de te olhar

Pegando algumas mudas próximas, começou a ajudar o pai. Uma das flores, que estava separada das demais mudas lhe chamou a atenção: havia sido descartada para o envio pois crescia de acordo com os padrões que as outras flores da mesma espécie faziam, seguindo seus próprios conceitos do que era certo, sem se deixar influenciar pelo ambiente.

 

- Pai, vou ficar com aquela, ok? Perguntou movido por um impulso.

- Pode, não poderemos vendê-la. Respondeu o pai, sem se alterar.

- Mas por que você a quer? Perguntou a mãe.

 

Ele parou para pensar por um momento. Não sabia se tinha um motivo certo mas...  - Ela me lembra alguém. Alguém que fez o que achava certo apesar do ambiente estar totalmente desfavorável. Acrescentou em pensamento

 

Não sei parar de te olhar (Ofirks - E um dia vou poder retribuir o que você fez por mim Safira)

Não vou parar de te olhar  (Safira - Pode ficar tranqüilo Ofirks, você ganhou uma nova família)

Eu não me canso de olhar

Não vou parar de te olhar (Rain - mesmo que seja só na minha lembrança)

 

* Fanfic feita com base na música "É isso aí", da Ana Carolina.


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"A preguiça é a mãe do progresso; se o homem não tivesse preguiça não teria inventado a roda."   Mário Quintana
"Se preguiça desse caroço, eu seria uma jaca."  


(Essa última conclusão brilhante é da Thera Fajyn, e pérolas semelhantes podem ser encontradas em  http://aritmante.blogspot.com e em breve em http://bibliogando.blogspot.com. E em fanfics: Yeritza Druon no http://www.magicspell.blogger.com.br  e Fabian Rain do http://www.acciocerebro.com.br . Tem o Kysen e a Juliet no http://magicpast.blogspot.com, mas esse nem tem muito texto por lá mais.)

2 comentários:

Enio Luiz Vedovello disse...

Entendi direito? Esta história estava engavetada todo este tempo??? Que desperdício de uma boa história...
Se precisou do castigo da Mamãe Malvada para o texto aparecer, então viva a Mamãe.

Thera Fajyn disse...

::.Y.::

Era uma songfic que deveria ter virado um OFF-TOPIC no MAgic Spell, mas que eu nunca consegui fazer a história da Yeritza andar o suficiente para publicar tal coisa. Com o meu problema de tempo agora, vocês puderam ler isso sem ter que ir no Magic!

Que sorte a de vocês não?

[Arit-Chat]

COMUNICADO DE Thera Vector: antigos comentários via Haloscan que a galera gosta de usar de chat. Sim, mais uma coisa cujo "culpado" é o Cabo Ênio, entendam-se com ele se não gostarem! :P Querem brincar também? Bom, até agora eu identifiquei as seguintes salas de bate-papo: [sala 1 - Vídeos inúteis] [sala 2 - Blogut] [sala 3 - Memes]